Desde os primeiros anos do século XX que o cinema nacional produz ótimos filmes. Dentre eles, destacamos preciosidades, daqueles que todo mundo que curte a 7ª Arte tem que conhecer. E o melhor é que a maior parte desses filmes estão disponíveis online! Na nossa lista, demos destaque a filmes brasileiros de comédia e também àqueles clássicos antigos. Bora conferir?
O Som ao Redor (2013)
Esse filme do aclamado diretor Kleber Mendonça é, sem dúvida alguma, uma das melhores produções do cinema nacional no século XXI. O Som ao Redor começa com a chegada de uma milícia a uma rua de classe média da cidade do Recife, onde diferentes narrativas acabam se cruzando. Segundo a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), é o 15º melhor filme da história do cinema nacional.
Central do Brasil (1998)
Esse road movie de Walter Salles é uma verdadeira joia rara do cinema nacional. O filme conta a história de um encontro um tanto inusitado: Dora, uma ex-professora que escreve cartas na Central do Brasil, e o menino Josué, que fica órfão da noite para o dia. O filme, que emocionou o mundo, recebeu duas indicações ao Oscar: nas categorias melhor filme estrangeiro e melhor atriz (Fernanda Montenegro).
Cidade de Deus (2002)
Com 4 indicações ao Oscar, Cidade de Deus foi um dos maiores fenômenos da história do cinema brasileiro. Sob a ótica do protagonista-narrador Buscapé, o espectador é conduzido pelos becos e vielas da Cidade de Deus num contexto de ascensão do crime organizado.
Tropa de Elite (2007)
Vencedor do Urso de Ouro em 2008, Tropa de Elite marcou época e gerou muita discussão. Será o Capitão Nascimento (interpretado por Wagner Moura) um herói? O filme faz apologia da tortura e outras práticas criminosas por parte de agentes do Estado? Seja como for, o filme é eletrizante e imperdível para quem gosta de um bom filme de ação.
O que é isso, companheiro? (1997)
Esse filme, baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, conta a história do sequestro do embaixador norte-americano no Brasil Charles Elbrick, em setembro de 1969, por militantes políticos clandestinos que lutavam contra a ditadura militar. Foi indicado ao Oscar na categoria melhor filme estrangeiro em 1998.
Bacurau (2019)
"Bacurau", premiado filme brasileiro, desenrola uma trama envolvente de suspense e terror no coração do interior do Brasil. Na remota e misteriosa localidade de Bacurau, os habitantes deparam-se com uma descoberta perturbadora: a cidade desapareceu de todos os mapas conhecidos. Simultaneamente, estrangeiros misteriosos desembarcam na região, desencadeando uma série de eventos sinistros, incluindo o surgimento de cadáveres. Agora, os residentes de Bacurau enfrentam a urgência de forjar uma estratégia desesperada para proteger seu lar e sua comunidade contra ameaças desconhecidas.
Tatuagem (2013)
Escrito e dirigido pelo premiado realizador pernambucano Hilton Lacerda, “Tatuagem” conta uma história de luta, paixão e esperança na década de 1970, em plena ditadura militar no Brasil. Em Recife, Clécio é o líder de uma trupe amadora de teatro chamada Céu de Estrelas, que apresenta shows provocantes e de deboche, inclusive contra a ditadura. Neste contexto, Clécio conhece o jovem soldado Fininha, que se apaixona pela trupe e, eventualmente, por ele. Uma delicada relação vai começar a se desenrolar entre os dois, à medida que Fininha se vê entre a carreira militar e a paixão que nutre por Clécio.
Aquarius (2016)
Escrito e dirigido pelo realizador Kleber Mendonça Filho e estrelado pela grande atriz Sônia Braga, “Aquarius” conta a história de Clara, uma mulher aposentada que mora sozinha em um antigo prédio na cobiçada Avenida Boa Viagem, em Recife. Uma construtora interessada em comprar o prédio e demoli-lo consegue comprar todos os apartamentos do local, menos o de Clara. A inquilina, no entanto, começa a sofrer todos os tipos de assédio para desistir do apartamento.
Edifício Master (2002)
Sob a direção do renomado documentarista Eduardo Coutinho, "Edifício Master" é uma rica exploração do Brasil, concentrada em uma icônica região carioca: Copacabana. Neste fascinante filme, Coutinho e sua equipe conduzem entrevistas com dezenas de habitantes do lendário Edifício Master, situado a apenas um quarteirão da praia. Profundamente envolvente, o documentário captura histórias emocionantes, divertidas e profundamente pessoais desses moradores, destacando o poder transformador da palavra e a maestria de Coutinho na condução de um retrato notável.
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014)
"Hoje Eu Quero Voltar Sozinho", escrito e dirigido pelo talentoso cineasta Daniel Ribeiro, é uma emocionante jornada que narra a vida de Leonardo, um jovem no ensino médio que possui deficiência visual. Quando Gabriel, um novo aluno transferido, entra em sua vida, Leonardo descobre sentimentos que nunca antes havia experimentado. Em meio às complexidades típicas da adolescência, Leo embarca em uma busca por independência e amadurecimento, desafiando as limitações impostas por sua deficiência e seguindo seu coração.
Lavoura Arcaica (2001)
Lavoura Arcaica, baseado no romance homônimo de Raduan Nassar, conta a história de André (Selton Mello), que foge da casa paterna por não suportar o ambiente asfixiante da vida tradicional. Segundo os críticos da Abraccine, é o 16º melhor filme brasileiro da história.
Que Horas ela Volta? (2015)
- Ano: 2015
- Direção: Anna Muylaert
- Gênero: drama
Regina Casé interpreta Val, uma emprega doméstica pernambucana que trabalha e mora há anos na casa dos patrões, em São Paulo. A suposta harmonia da relação entre Val e a família para a qual trabalha é quebrada quando sua filha Jéssica vai a São Paulo para se preparar para o vestibular.
O Auto da Compadecida (2000)
O Auto da Compadecida foi o filme brasileiro de maior bilheteria no ano 2000, tendo vencido o Grande Prêmio Cinema Brasil em 4 categorias. Baseado na peça de teatro de Ariano Suassuna, o filme conta as aventuras hilariantes de Chicó e João Grilo no interior da Paraíba nos anos 30. A história é tão cativante que é impossível desgrudar os olhos da tela.
Macunaíma (1969)
O 10º melhor filme da história do cinema nacional, segundo os críticos da Abraccine, é um verdadeiro clássico. Baseado no romance homônimo de Mário de Andrade, o filme narra a história de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, do seu nascimento às margens do rio Uraricoera, em Roraima, às suas aventuras na cidade grande. O filme conta com atores consagrados do cinema brasileiro, como Grande Otelo, Paulo José e Milton Gonçalves.
Todas as Mulheres do Mundo (1967)
Este clássico do cinema nacional é considerado uma das melhores comédias brasileiras de todos os tempos, ocupando o 37º lugar na lista da Abraccine. Trata-se da história de um mulherengo, Paulo (Paulo José), que se apaixona e acaba conquistando o coração de Maria Alice (Leila Diniz), que rompe o noivado para ficar com ele.
Dona Flor e seus Dois Maridos (1976)
Adaptação do romance de Jorge Amado, publicado 10 anos antes, a famosa história do triângulo amoroso entre Dona Flor (Sônia Braga), o farmacêutico Madureira (Mauro Mendonça) e o fantasma do malandro Vadinho (José Wilker) arrastou multidões aos cinemas nos anos 70, transformando-se num dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos do cinema nacional.
Cabra Marcado para Morrer (1984)
Esse é daqueles filmes que, além de contar uma história, têm história. Iniciado no princípio dos anos 60, as gravações do filme foram interrompidas pela censura após o golpe de 1964, sendo retomadas só 17 anos depois, com alterações no roteiro original. O documentário, que conta a história do líder camponês João Pedro Teixeira, assassinado por policiais em 1962, é considerado pelos críticos da Abraccine o 4º melhor filme brasileiro de todos os tempos.
Eles Não Usam Black-Tie (1981)
Baseado na peça de teatro de Gianfrancesco Guarnieri, o filme conta a história do líder sindical Otávio (Guarnieri) e de seu filho Tião (Carlos Alberto Riccelli). Ao saber que será pai e prestes a se casar, Tião decide furar a greve, entrando em conflito com o pai, que anos anos havia sido preso por razões políticas. É o 14º melhor filme brasileiro, de acordo com a Abraccine.
O Bandido da Luz Vermelha (1968)
"O bandido que não respeita a mulher nem a propriedade", diziam as manchetes policiais da época. O filme é ficcional, mas inspirado na história de João Acácio Pereira da Costa, criminoso que amedrontou a cidade de São Paulo nos anos 60. Trata-se de um clássico do chamado "cinema marginal", considerado pela Abraccine o 6º melhor filme brasileiro de todos os tempos.
Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964)
Esse super clássico do Cinema Novo, escrito e dirigido por Glauber Rocha, conta a história de Rosa e Manuel, um casal de sertanejos que tenta sobreviver à fome e à seca. Após Manuel assassinar o patrão explorador, o casal busca refúgio numa comunidade messiânica liderada pelo Beato Sebastião. É considerado o 2º melhor filme da história do cinema nacional pela Abraccine.
O Pagador de Promessas (1962)
O Pagador de Promessas é um dos maiores clássicos do cinema nacional, o único filme sul-americano a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, na França. A história é simples: após a cura do seu burro, Zé quer cumprir a promessa carregando uma enorme cruz do sertão baiano até a igreja de Santa Bárbara, em Salvador. Mas o padre Olavo não permite que Zé entre com sua cruz na igreja.
Limite (1931)
Eleito pelos críticos o melhor filme brasileiro de todos os tempos, Limite é uma obra-prima do cinema mudo, infelizmente pouco conhecido pelo grande público. A história se passa dentro de um pequeno barco à deriva, onde duas mulheres e um homem relembram seu triste passado.
Vidas Secas (1963)
Outro representante do Cinema Novo brasileiro, Vidas Secas conta a história de uma família de retirantes que faz o possível para assegurar a sobrevivência na aridez do sertão nordestino. Trata-se de uma adaptação do livro de contos homônimo de Graciliano Ramos.
Terra em Transe (1967)
O terceiro longa-metragem de Glauber Rocha, ícone do Cinema Novo, cria um lugar fictício, Eldorado, onde se passa uma trama que em tudo se aproxima do mundo real: políticos populistas, empresários, militares e militantes idealistas envolvidos na disputa pelo poder político da nação. Em Cannes, Terra em Transe recebeu o prêmio da Federação da Crítica Internacional em 1967.
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