Os mais incríveis animais extintos recentemente


A extinção de espécies ou subespécies de animais pode ocorrer por eventos cataclísmicos (como o choque de um asteroide contra a Terra), problemas evolutivos (como tendências reprodutivas fracas e competição) ou pela intervenção humana no meio ambiente. A atuação dos seres humanos como agentes provocadores de extinções é o que mais nos preocupa atualmente.

Extinções sempre ocorreram. Mas nunca na velocidade com que vêm ocorrendo ultimamente. Enquanto o aquecimento global não for devidamente combatido e o ser humano continuar destruindo habitats, infelizmente a tendência será a do desaparecimento total de espécies, como estas que listamos a seguir:

Sapo-dourado (Incilius periglenes)

Golden toad
Nativo da Costa Rica, os últimos sapos-dourados foram vistos no início dos anos 90.

A União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) declarou a extinção do sapo-dourado em 2008. Mas desde o início dos anos 90 que nenhum indivíduo dessa espécie era vista.

Acredita-se que o aquecimento global tenha prejudicado a reprodução desses anfíbios. Outros acreditam ter sido o desmatamento das florestas no norte da Costa Rica. Seja como for, ao que tudo indica o homem é o grande responsável pelo desaparecimento completo desse lindo animal.

Foca-monge-do-caribe (Monachus tropicalis)

Monachus tropicalis
Foca-monge-do-caribe fotografada em cativeiro, em 1910, no Aquário de Nova York.

Após muitas pesquisas, a foca-monge-do-caribe entrou para a temida lista vermelha da IUCN, publicada em 2015. A última vez em que focas desse tipo foram vistas foi em 1952. Era uma pequena colônia nadando entre Jamaica e Honduras. Depois disso, não houve mais nenhum relato confiável de avistamento dessas focas.

Esses animais mediam mais de 2 metros de comprimento e pesavam em torno de 130 kg. O que provocou o declínio de sua população foi a caça predatória, iniciada na época dos Descobrimentos.

Íbex-dos-pirineus (Capra pyrenaica pyrenaica)

capra pyrenaica pyrenaica
Espécime empalhado exposto no Museu de Ciências da cidade de Nagoya, no Japão.

O íbex-dos-pirineus era uma das quatro subespécies da Capra pyrenaica, das quais duas ainda vivem em países como Espanha e norte de Portugal. Devido à caça, essas populações foram diminuindo drasticamente a partir do século XIX. Foram feitas tentativas de conter o declínio desses animais - sem sucesso. Em 1999, havia apenas uma fêmea de íbex-dos-pirineus viva. Ela morreu em janeiro de 2000.

Puma-do-leste (Puma concolor couguar)

Puma concolor

Até o século XIX, a população de pumas no nordeste dos EUA era grande. Mas esse animais começaram a incomodar os colonos norte-americanos. A razão? Os pumas atacavam o gado. E por isso declarou-se uma guerra contra as suçuaranas-leste. Em 22 de janeiro de 2018, a subespécie foi declarada extinta.

Porém, há cientistas que acreditam que tudo não passa de um erro de classificação. Para eles, todas as variedades de pumas dos EUA, apesar de estarem distribuídos em diferentes faixas geográficas, teriam todos a mesma genética, pertencendo à mesma subespécie. Sendo isso verdade, o Puma concolor couguar não foi extinto, só desapareceu do leste dos Estados Unidos.

Rinoceronte-negro-ocidental (Diceros bicornis longipes)

Diceros bicornis longipes
Crânio de rinoceronte-negro-ocidental exposto no Museu de História Natural Senckenberg, na Alemanha.

Visto pela última vez em 2006, o rinoceronte-negro-ocidental foi oficialmente declarado extinto em 2011. Pesquisas feitas em Camarões não encontraram vestígios de animais dessa subespécie, apenas evidências de caça. Não é improvável que o último rinoceronte-negro-ocidental tenha sido abatido por arma de fogo.

E por que esse animal despertava tanto interesse econômico? A resposta estava em seus chifres. A IUCN responsabiliza as autoridades de conservação locais pelo desaparecimento dessa subespécie.

Lontra-de-rio-japonesa (Lutra lutra whiteleyi)

lontra de rio japonesa
Espécime empalhado exposto no Hamura Zoo, em Tóquio, no Japão.

Depois de 30 anos sem ser avistada, em 2012 a lontra-de-rio-japonsea foi declarada oficialmente extinta pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão. Subespécie da lontra-europeia (Lutra lutra), esse animal é o símbolo da cidade de japonesa de Susaki. A última vez em que um indivíduo dessa subespécie foi visto foi em 1979.

Dois fatores, todos eles ligados à ação humana, levaram esse animal à extinção. Um deles é a caça (peles de lontras têm alto valor de mercado). Outra razão é a poluição dos rios.

Boas notícias! Animais "extintos" que foram avistados recentemente

Leopardo-nebuloso-de-formosa (Neofelis nebulosa brachyura)

Neofelis nebulosa brachyura
Espécime empalhado exposto no Museu Nacional de Taiwan.

Declarado extinto em 2013, após exaustivos estudos que duraram mais de uma década, eis que o belíssimo leopardo-nebuloso-de-formosa foi visto! Imaginava-se que essa subespécie estava extinta já que nenhum exemplar era visto desde 1983. Tudo mudou em 2019, quando duas aparições confirmadas em Taiwan fizeram o leopardo sair da lista de animais extintos.

Tartaruga-gigante-de-galápagos (Chelonoidis nigra abingdonii)

Chelonoidis nigra abingdonii
Acreditava-se que o Solitário George, morto em 2012, tinha sido o último representante da subespécie.

Outra excelente notícia é a descoberta de 30 tartarugas-gigantes-de-galápagos, subespécie que se imaginava extinta desde 2012, quando morreu o George, que ganhou o apelido de Solitário pela ausência de alguma tartaruga fêmea para lhe fazer companhia e perpetuar a espécie.

Mas eis que no início de 2020 uma equipe de exploradores da Iniciativa de Restauração da Tartaruga Gigante (GTRI), após uma expedição de 10 dias no arquipélago das Galápagos, descobriu 30 tartarugas gigantes, sendo que uma delas tem a mesma carga genética do Solitário George.

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