Como saber se uma cidade é boa ou não para se viver? Quais critérios devem ser levados em conta na hora de se determinar a qualidade de vida de uma população?
Assim, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (IDH), fornece-nos dados atualizados e confiáveis sobre o desenvolvimento humano das 5.570 cidades brasileiras. Mas como saber se uma cidade é mais ou menos desenvolvida do que outra?
Como estamos falando de desenvolvimento humano, os critérios utilizados não se restringem apenas à questão econômica. Emprego, renda, educação e saúde são os aspectos levados em conta no IFDM.
Vejamos agora quais são as 15 melhores cidades no ranking geral e, logo em seguida, as 15 melhores em cada um dos seguintes critérios: emprego e renda, saúde, educação e segurança.
As 15 melhores cidades para morar no Brasil em 2018: ranking geral
Louveira (SP), cidade com aproximadamente 45 mil habitantes e localizada na região metropolitana de Jundiaí, a exatos 72 km da capital do estado, é a melhor para se viver no Brasil, de acordo com o IFDM de 2018. Louveira se destaca por uma pontuação elevada em todos os três critérios (emprego e renda, educação e saúde).
O Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, que lida com dados do Censo 2010, aponta São Caetano do Sul (SP), localizada na chamada Grande São Paulo, como a cidade brasileira com o maior IDH. No índice da FIRJAN, a cidade ocupa a 11ª colocação, sendo um dos municípios mais populosos entre os 15 mais bem rankeados.

O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano da cidade. São ao todo quatro categorias de classificação: baixo (de 0 a 0,4), regular (de 0,4 a 0,6), moderado (de 0,6 a 0,8) e alto (de 0,8 a 1).
Veja a lista das 15 mais bem posicionadas no ranking geral da FIRJAN:
- Louveira (SP) 0,9006
- Olímpia (SP) 0,8820
- Estrela do Norte (SP) 0,8810
- Vale Real (RS) 0,8807
- Apucarana (PR) 0,8806
- Lajeado (RS) 0,8789
- Toledo (PR) 0,8786
- Concórdia (SC) 0,8781
- Itatiba (SP) 0,8779
- Itupeva (SP) 0,8779
- São Caetano do Sul (SP) 0,8773
- Jundiaí (SP) 0,8771
- Jaguariúna (SP) 0,8765
- São José do Rio Preto (SP) 0,8753
- Paraguaçu Paulista (SP) 0,8746
Emprego e renda: as 15 melhores cidades do Brasil

Mas quando o assunto é somente economia, o ranking se altera. E quando falamos de economia, estamos nos referindo aos seguintes aspectos: número de trabalhadores com carteira assinada, renda das famílias, massa salarial e desigualdade de renda.
Veja quais são as 15 melhores cidades do Brasil olhando somente para as variáveis emprego e renda:
- Cristalina (GO) 0,8537
- Telêmaco Borba (PR) 0,8252
- Capanema (PR) 0,8235
- São Bento do Norte (RN) 0,8154
- Selvíria (MS) 0,8002
- Paranaguá (PR) 0,7965
- Paracatu (MG) 0,7955
- Cabedelo (PB) 0,7952
- Vale Real (RS) 0,7952
- Francisco Beltrão (PR) 0,7951
- Água Clara (MS) 0,7925
- Cristal (RS) 0,7922
- Caldas Novas (GO) 0,7918
- Bebedouro (SP) 0,7917
- Clementina (SP) 0,7870
Saúde: as 15 melhores cidades do Brasil

Quantas consultas pré-natal se oferecem em média às gestantes? Qual o número de mortes por causas não definidas? Qual o número de mortes infantis por causas consideradas evitáveis? Dados como esses nos dão uma boa noção do nível de desenvolvimento do município quando o assunto é saúde.
Estas são as 15 cidades brasileiras mais bem rankeadas nesse quesito:
- Ilópolis (RS) 0,9997
- Montauri (RS) 0,9997
- Cambira (PR) 0,9932
- Vespasiano Corrêa (RS) 0,9838
- Diamante do Sul (PR) 0,9837
- Cotiporã (RS) 0,9829
- Barracão (RS) 0,9820
- Novo Itacolomi (PR) 0,9811
- São José do Inhacorá (RS) 0,9804
- São Valentim do Sul (RS) 0,9802
- Marau (RS) 0,9799
- Ibiaçá (RS) 0,9794
- Travesseiro (RS) 0,9791
- Camargo (RS) 0,9780
- Colinas (RS) 0,9777
Educação: as 15 melhores cidades do Brasil

Para medir a qualidade da educação nos municípios brasileiros, foram usados os seguintes critérios: atendimento à educação infantil, abandono no Ensino Fundamental, distorção idade-série, qualificação dos professores, quantidade de horas-aula e o desempenho dos alunos no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Alguns dados chamam a atenção. Primeiro, o fato das 11 cidades mais bem colocadas terem pontuação máxima (na verdade, estão tecnicamente empatadas). Em segundo lugar, a hegemonia do estado de São Paulo no quesito educação.
Feita esta "radiografia" educacional, vejamos as 15 melhores cidades:
- Marília (SP) 1,0000
- Taguaí (SP) 1,0000
- Gabriel Monteiro (SP) 1,0000
- Birigui (SP) 1,0000
- Santa Fé do Sul (SP) 1,0000
- Sebastianópolis do Sul (SP) 1,0000
- Fartura (SP) 1,0000
- Junqueirópolis (SP) 1,0000
- Aspásia (SP) 1,0000
- Santa Salete (SP) 1,0000
- Nova Guataporanga (SP) 1,0000
- Tupi Paulista (SP) 0,9996
- Sagres (SP) 0,9995
- Itajobi (SP) 0,9992
- Marinópolis (SP) 0,9990
Segurança: as 15 melhores cidades do Brasil

Como o índice da FIRJAN não trata da questão da segurança pública, uma das maiores preocupações dos brasileiros hoje em dia, foi preciso recorrer a outro estudo para criar a lista das 15 cidades mais seguras do Brasil.
O Atlas da Violência 2018, produzido conjuntamente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisou dados das 309 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
A lista abaixo foi feita com base no número de mortes violentas por 100 mil habitantes. A título de comparação, a média de mortes violentas a cada 100 mil habitantes nos municípios brasileiros estudados é de 38,67.
Estas são as 15 cidades com mais de 100 mil habitantes mais seguras do Brasil:
- Brusque (SC) 4,8
- Atibaia (SP) 5,1
- Jaraguá do Sul (SC) 5,4
- Tatuí (SP) 5,9
- Varginha (MG) 6,7
- Jaú (SP) 6,9
- Lavras (MG) 6,9
- Botucatu (SP) 7,1
- Indaiatuba (SP) 7,2
- Limeira (SP) 7,4
- Valinhos (SP) 7,4
- Catanduva (SP) 7,5
- Santana de Parnaíba (SP) 7,7
- Sertãozinho (SP) 8,2
- Balneário Camburiú (SC) 8,4
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